Categoria havia aceitado proposta do sindicato patronal para manter convenção coletiva, mas entidade voltou atrás e não assinou. Docentes realizarão assembleia amanhã
São Paulo – Os professores da rede privada de São Paulo realizarão ato nesta terça-feira (5), no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP), contra a falta de acordo com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado (Sieeesp). A manifestação é pelo fato de a entidade patronal ter voltado atrás em relação ao acordo firmado com o Sindicato dos Professores (Sinpro-SP), na última quinta-feira (31), de que manteria a convenção coletiva da categoria.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, a diretora do Sinpro Silvia Barbara explica que a categoria organiza o ato público para pressionar o setor patronal pela assinatura do acordo. "O TRT convocou uma conciliação entre as duas partes para decidir a situação hoje, às 13h. Esse recuo (da entidade patronal) é inaceitável, um desrespeito aos professores."
Na última quarta-feira (30), após paralisação dos docentes, o Sieeesp apresentou proposta que garantia a manutenção da convenção coletiva por um ano, mais reajuste salarial de 3% e participação nos lucros e resultados (PLR) de 15%. Em assembleia, os professores aceitaram, mas mantiveram o estado de greve, pois aguardavam a assinatura do acordo.
"Eles (Sieeesp) voltaram atrás, mas a categoria continua em estado de greve. A negociação foi concluída pouco antes da assembleia entre os dois presidentes dos sindicatos, então apresentaram essa proposta aos 3 mil professores. Vamos fazer uma nova assembleia amanhã (6) e podemos deliberar greve", afirma Silvia. Ainda de acordo com a diretora do Sinpro, pais e alunos estão manifestando apoio aos professores. "Muitas cartas estão sendo entregues para nós para as escolas assinarem os acordos."
Também na última quarta, a Associação Brasileira de Escolas Particulares (Abepar) divulgou nota propondo que o sindicato patronal aceite os termos da proposta aprovada pelos professores. A entidade, que representa 18 instituições de ensino privadas, pede a manutenção da convenção até 2020.
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