Movido pela curiosidade de achar interpretações da atual
conjuntura entre os trabalhadores do Sistema Prisional, os oportunistas e a
aproximação das eleições 2018 encontri no site do jornal GGN (https://jornalggn.com.br/noticia/a-falta-de-figuras-referenciais-devoradas-pelo-oportunismo-politico)
o artigo de João Paulo Caldeirta “A falta de figuras referenciais, devoradas
pelo oportunismo político” que traz alguma luz a questão.
Na mosca. A falta de figuras referencias é, talvez, a maior
das nossas carências. Não fomos capazes de gerar um desses sábios, que sejam
uma espécie de consciência para nossa categoria, ou o que os franceses
costuma(va)m chamar de "reserva da República". O oportunismo mais
rasteiro devora os que poderiam vir a sê-lo.
O escritor cita o filme italiano "Viva a
Liberdade". É uma comédia política. A certa altura de uma encrenca
formidável em que a Itália se metia, um dos personagens que se encontra no olho
do furacão, sem saber como resolvê-la, vai ter com um desses sábios: um velhote
doente, à beira da morte. Que diz a verdade que seus correligionários,
preocupados com as eleições, não conseguiem enxergar. Filme imperdível, além de
diversão garantida.
Caldeira cita também o filme da célebre história de Sólon.
Pisístrato, um oportunista que pretendia tomar o poder, pede à ágora o direito
de montar uma espécie de exército pessoal, para alcançar seus fins (era um modo
de se chegar ao poder, para quem não sabia). A Assembléia, acovardada,
dispõe-se a conceder-lhe. O velho Sólon -- octogenário, se bem me lembro --, ao
ver ameaçada a liberdade de Atenas, comparece à ágora. Vem "armado"
apenas de sua couraça e de seu escudo, deixando em casa a espada, para assim
simbolizar que vem apenas, como dizemos nós, armado de cara e coragem. Com isso
quer denunciar os fins de Pisístrato, ao querer se impor pela força das armas,
e a covardia de seus concidadãos: "sou mais sábio do que os que não
compreenderam os maus desígnios de Pisístrato, e mais corajoso do que os que os
conhecem e se calam por terem medo", diz. Os medrosos replicam que Sólon
estava louco. E Sólon: "Se sou louco, sabereis dentro em breve, quando a
verdade vier a luz."
Coincidência... talvez. O fato é que vemos, cada vez com
mais frequência, o surgimento de figuras e estórias como essa. Principalmente ao
se aproximar 2018 e as eleições onde partidos e pre candidatos buscam forças
por todo canto.
Observem nos comentários, posturas e atuação histórica e as
mudanças de comportamento ou intensificação nesse momento. Já é hora de separar
o joio do trigo. Reconhecer quem realmente trabalha e quem aparece
intensificando sua atuação nesses momento em movimentos oportunistas e que, por
fim, só trazem benefícios a si próprio. Não somos mais crianças e essa história
é velha.
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