Eu queria falar com os militares.



(por: Paulo Henrrique Amorim. Adaptação: Rogério Grossi)

Está na hora de reunir todas as forças interessadas em barrar o saque realizado pelos que, por meio de um golpe, instalaram uma quadrilha no poder.

Os militares são, ou deveriam ser, guardiões da soberania nacional. Hoje vilipendiada pelo desmonte e assalto do pré sal e a toda a cadeia do petróleo para entregar seus ativos à empresas estrangeiras a preço de banana.

Os golpistas fecharam as empresas brasileira que se beneficiavam com a política de conteúdo nacional. Política que os americanos do pentágono usam.

O pentágono não compra um parafuso estrangeiro antes de saber se tem um fabricante americano. É a lei Buy american first. É a mesma política que a Alemanha, a Rússia, a China mantem de forma implacável.

Os militares brasileiros foram atingidos pela destruição e criminalização do programa nuclear brasileiro. O submarino nuclear para defender o pré-sal corre o riacho de afundar nas aguas de Angra dos Reis.

Os militares brasileiros foram atingidos pelo descontrole na vigilância das comunicações. Os americanos espionam a presidência da república e a Petrobras quando e como querem. E para alarme geral, são atingidos pela inédita presença de assessores americanos  em manobras militares e de assistência humanitária na Amazônia.

Se os americanos instalarem bases militares na Venezuela, no Peru e na Colômbia, o Brasil não terá – na Amazônia – força para dissuadir os americanos dessa ameaça da soberania nacional e como disse no Senado o Chefe do Exercito, General Vilas Boas, o Brasil tem sim que ser potência e como diz ele “... O Brasil está perdendo a identidade, a auto estima...”. Prevalece a ideologia da dependência, a prática de tirar os sapatos para os americanos.

O Exercito Brasileiro, as Forças Armadas brasileiras estão desdentadas e mal tratadas. O continuo do gabinete de um senador ganha o mesmo que um Coronel do Exercito. Um juiz de carreira ganha, no Rio de Janeiro, duzentos mil reais por mês e um General de Exercito gana por mês doze mil reais.

Os militares são grandes interessados e ativos participantes do desenvolvimento de uma política científica industrial soberana, que defenda os interesses estratégicos do país diante da ganância e das ameaças externas aos nossos abundantes recursos.

Disse o General Vilas Boas no Senado “...A Amazônia tem vinte e três trilhões de dólares em recursos naturais. Por isso a Amazônia tem que ser nossa...”. Por isso os militares tem que ser chamados a dialogar e atuar em defesa da nacionalidade que o governo Temer viola todos os dias.

Os golpistas querem vender, sem restrições, terras brasileiras a extrangeiros. Brevemente, como diz o Senador Requião  “...Milícias mercenárias estrangeiras vão ocupar o território nacional para proteger as glebas de terras estrangeiras em território nacional ...”.

Os golpistas querem entregar a base estratégica de Alcântara - patrimônio da defesa nacional, um ponto geográfico de valor incomparável – aos americanos, como quis Fernando Henrique Cardoso. O mesmo Fernando Henrique Cardoso que, sem receber nada em troca, assinou o tratado de não proliferação de armas nucleares e tirou o Brasil do jogo das potências. Vender Alcântara tem o mesmo significado (renunciar os desenvolvimento interno das tecnologias de propulsão de lançamento de foguetes e satélites) .

As forças armada brasileiras estão condenadas a limitar o alcance de seus misseis. Teremos direito de produzir e ter misseis de micro alcance.

O Brasil está na rabeira dos países que investem em defesa em relação a sua economia. Na rabeira em relação aos países da América... do Sul. O que é um escárnio.

E finalmente a venda da Embraer para a Boeing, colocando o Brasil em posição de colônia. O negócio irá favorecer apenas os norte-americanos, que utilizarão o capital tecnológico para dar maior robustez ao seu próprio parque industrial.

A Embraer, para quem não sabe, é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo e a única fabricante brasileira de aviões, perdendo para a própria Boeing. Isso significa que o interesse da Boeing nessa negociação é acabar com a concorrência da Embraer, colocando-se como líder no mercado, além de se apropriar de todo o acúmulo tecnológico e científico brasileiro, inclusive tecnologias militares.

Isso não tem nada a ver com uma intervenção militar como houve em 1964. Não tem nada haver com um novo 1964. Como disse o General Vilas Boas no Senado “...isso está, simplesmente, ultrapassado. O que deve valer é a constituição de 1988...” e por ela também os militares são responsáveis.

Mas o militares devem sim ser convidados à integrar e participar e intervir em um movimento nacionalista que promova crescimento, justiça e soberania. Um Brasil com S. Essa é a própria razão da existência das forças armadas.

E finalmente digo eu “Brava gente brasileira!; Longe vá... temor servil; Ou ficar a pátria livre; Ou morrer pelo Brasil”

Fonte original: Conversa Afiada: https://www.conversaafiada.com.br/tv-afiada/eu-quero-conversar-com-os-militares
Transcrição de reportagem e alterações: Informativo Agente de Luta

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